Pergunto-me, às vezes,
o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor não me pergunto, contesto.
A resposta eu sei, está estampada na distância
e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença
dos "Bom dia", quase que sussurrados.
Sobra dúvidas e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir
entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina,
não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia
o vazio que cada um traz dentro de si.
[desc.autor]
Não são palavras minhas, mas me fazem pensar um pouco, e tu?
Oculto dentro de cada ser há um sagrado, apaixonado desesperado grito que só o silencioso infinito consegue captar.
ResponderEliminarTemos medo de tudo o que é novo, principalmente da morte; por isso que ela noa assusta tanto.
Mas deixemos esses "vazios neurôticos" e vivamos a vida. Pois todos os dias ela nos convida a sermos o mais feliz possível.
Valeu desde que amanheceu!
Beijos!